Background

Caligo é um bastardo daqueles do pior tipo. Isso significa que ele é mal? Não. Pior tipo porque ele é um bastardo de berço, filho de alguém importante, rico, influente, portanto, daqueles que mais são consumidos pelo rancor e pela sede de vingança.

Sua mãe, uma duplicante que trabalhava como prostitua numa das casas de Zammunem conhecida como Pouso das Gralhas, em Podmo Bihari, para entreter os mercadores o fazia por prazer, ela nunca foi levada para lá como escrava ou de maneira forçada. Ela QUERIA estar lá, ela adorava sentir o prazer em fazer homens importantes serem seus animaizinhos de estimação, mesmo que apenas por algumas horas. De onde veio essa vontade? Caligo não sabia e talvez nunca descobrisse.

No entanto, num determinado momento, aquela que gostava de dominar, acabou dominada. Num dia frio de inverno, quando a maior parte dos comerciantes já deixava Zammunem para irem para suas terras natais mais aconchegantes, um homem alto, forte, com cabelos loiros que caiam até um pouco depois do queixo, usando um caso que tinha tons de carmesim misturados com detalhes dourados bordados entre seus botões, nas mangas e no colarinho, denotando alguém de suma importância, chegou até a casa de prazeres. Claire, conhecida assim por personificar uma mulher de pele pálida como o marfim e cabelos negros como o céu noturno, foi a esolhida pelo homem. Ela não achou aquilo ruim, ele parecia ter bastante dinheiro, chegou a pensar que poderia até cobrar um extra caso ele gostasse do serviço. Ele gostou do serviço. Qual era o problema, então? Ela também gostou.

Logo após o inverno daquele ano, o homem visitou a casa mais algumas vezes, sempre escolhendo Claire como sua acompanhante. A mulher gostava tanto da ideia de ser exclusiva dele que desconfiava que poderia estar começando a sentir algo a mais. A empolgação acabou subindo à cabeça numa dessas visitas e ela acabou se descuidando e engravidou.

Ela sabia que aquilo não seria bom, que, naquele momento de descuido, ela provavelmente colocara a sua vida e a daquela criança em perigo. Então, ela fugiu. Tentou pegar um trem e chegar o mais próximo possível da Floresta das Brumas para se refugiar lá. Não conseguiu.

A pobre criatura foi pega antes de embarcar pelos capangas do homem que ela descobrira ser um dos altos nobres de Picos Dourados com ligação direta com a família real. Ninguém poderia descobrir o caso extraconjugal dele, principalmente com uma mulher qualquer de uma casa de prazeres.

O que ninguém sabia, no entanto, era que a mulher não se tratava de Claire, esse era apenas um nome e uma identidade que ela havia assumido. Ela era uma duplicante e conseguiu facilmente escapar dos capangas em um momento de distração se passando por um deles.

Ela então se abrigou na casa da dona da casa de prazeres que trabalhava, desesperada, não viu outra alternativa a não ser contar tudo para a mulher e implorar pela sua ajuda e piedade. Novamente, ela não sabia, mas teria cometido ali o seu segundo maior erro da vida, sendo apenas menor do que engravidar de um nobre.

A mulher nutria um profundo ódio por qualquer criatura que não fosse humana e, principalmente, sentia nojo de duplicantes ou qualquer outro metamorfo. Logo, ela esperou a gestação da mulher chegar ao fim e, com apenas um dia de nascido, entregou a localização dela e de seu filho para os capangas do homem. Entretanto, quando eles chegaram para arrastá-la de lá, a mesma mulher que outrora só enxergava Claire e a criança que carregava em seu ventre como abominações, viu o rosto do bebê, um híbrido com a pele tão clara quanto a da mãe, mas ao contrário dela, com cabelos loiros como os do pai, e sentiu remorso.

Num súbito ato impensável, a mulher agarrou o bebê das mãos de Claire e o levou até os fundos de sua casa, escondendo-o num buraco no tronco de um sabugueiro grande e velho que tinha lá. Torcendo para que a criança não chorasse, ela entregou Claire, aos prantos e pedindo desculpa. Falando baixinho, as últimas palavras que Caligo sabia que sua mãe tinha dito foram:

- Apenas cuide bem dele.

Foi isso que a mulher tentou fazer, criar o bebê como seu filho e da melhor maneira possível. Ela o nomeou como Caligo, que noutra língua denota névoa, cabível com seu tom de pele pálido e também com o fato de que sempre precisaria estar escondido no meio de todos. No entanto, logo nos seus primeiros anos de vida, o menino já começou a demonstrar suas habilidades de transfiguração.

Com medo de que o descobrissem, a mulher teve que contar toda a história para o menino quando ele tinha apenas cinco anos, isso para tentar controlá-lo e evitar que usasse suas habilidades de maneira indiscriminada. Mas, é claro, omitiu a parte em que ela traiu sua mãe.

Não que isso fosse de grande importância naquele momento, já que apenas dois anos depois, quando ele tinha sete, ele acabou descobrindo pelas histórias que as outras crianças contavam nas ruas o que realmente tinha acontecido com sua mãe. Com isso, numa noite de Outono, ele foi silenciosamente até o quarto daquela que, até aquele dia, tinha como sua segunda mãe e, usando uma foto que ela guardara de Claire, tomou a aparência dela.

Abrindo a porta lentamente da maneira mais gatuna possível, se aproximou da sua cama, ajoelhou-se e, tapando a boca da mulher, cochichou em seu ouvido:

- Obrigado por ter cuidado bem dele até aqui, mas agora, ele conseguirá se virar sozinho.

A mulher abriu os olhos e teve apenas alguns meros segundos para enxergar quem estava à sua frente, o bastante para ter suas pupilas dilatadas de susto, mas não o bastante para tentar qualquer coisa que a salvasse da lâmina que acabara de transpassar sua garganta.

Depois daquilo, Caligo cresceu nas ruas, principalmente dentro da ferroáurea, onde usava suas habilidades para personificar nobres, geralmente, e roubá-los, sempre buscando, no entanto, descobrir quem era o seu pai para saber o que foi feito de sua mãe.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Caligo, por ser um duplicante ladino e ter vivido nas ruas, tem contatos no submundo nas principais cidades. Eles não têm conhecimentos ilimitados, mas podem oferecer alguma informação útil quando o Caligo os encontra nas suas viagens por tais cidades.

Para evitar mostrar sua real identidade, para cada cidade ele tem uma face diferente que seu contato específico reconhece.

FACES DO CALIGO

--[ Aurorium - Picos Dourados ]--

Nome: Sr. Frey
Raça: Humano Variante (masculino)
Característica: Um velhinho que parece ser bondoso e inofensivo. Tem um bigode grisalho e usa uma boina, além de ter uma cicatriz que vai da base do olho até o final do queixo. Sempre gosta de inventar histórias diferentes sobre como conseguiu a cicatriz.
Como Adquiriu essa Face?: Sr. Frey era um velhinho que costumava ajudar as crianças de rua de Zammunem, incluindo o próprio Caligo, a quem ele viu ser brutalmente assassinado por puro capricho de alguns moradores perversos que não concordavam em “sustentar bastardos de rua”. Caligo perseguiu cada um desses “cidadãos de bem” e cravou sua adaga no peito deles depois disso. Após esse fato ele decidiu sair da cidade para continuar sua busca pelo pai e pela mãe e também se juntar à Guilda, já que sua estadia lá ficara insustentável.

--[ Subliga / Abissala - Cavernas Profundas]--

Nome: Tino, olho de aço
Raça: Anão (masculino)
Característica: Um anão que perdeu um olho enquanto minerava numa das muitas minas próximas à Abissala quando uma lasca de pedra se soltou da rocha com a força da batida da picareta e atingiu Tino. Depois disso, ele colocou um implante de aço e passou a ser conhecido como Tino, Olho de Aço. Como minerador e comerciante de repolhos que sua esposa cultivava nas horas vagas, fazia constantes visitas a Abissala e criou fortes amizades nas tabernas de lá, incluindo uma conexão muito especial com uma anã garçonete do bar, que adorava atualizar Tino sobre tudo que acontecia na cidade enquanto ele tomava hidromel e lhe dava gordas gorjetas.
Como Adquiriu essa Face?: Caligo, enquanto passava por Abissala, achou curioso como os anões interagiam com um anão específico com um olho de aço porque todos pareciam muito confortáveis com ele. Por alguns dias, ele observou aquele anão naquela taberna e notou sua relação com a garçonete. Intrigado por tudo aquilo, resolveu, por puro instinto, seguí-lo num desses dias e acabou indo até sua casa, que ficava bem afastada da própria casa. Lá ele viu uma cena terrível enquanto estava escondido por entre as pedras ali próximas. Sua casa tinha sido saqueada por bandidos estrangeiros e a anã que Caligo julgou ser sua esposa fora assassinada. O ponto principal, no entanto, é que os ladrões ainda não tinham ido embora quando ele chegou e, num surto de ódio ao ver tudo aquilo, Tino avançou contra eles e acabou tendo o mesmo fim de sua esposa. Depois de tudo isso e que os ladrões já tinham ido embora, Caligo vasculhou a casa e achou vários documentos que o possibilitaram saber mais sobre a família e quem era aquele anão. Depois disso, por mais cruel que fosse e que Caligo não gostasse, ele passou a usar a face do anão, mas com um tapa olho no lugar do de metal, e ter a garçonete como sua informante. Tudo para encontrar seu pai.

--[ Altimar - Colinas de Prata ]--

Nome: Emnen
Raça: Goblin (masculino)
Característica: Emnen é um guarda que trabalha em Altimar, mas por ser um goblin pequeno e sem tempero nenhum, ele é menosprezado e ninguém se importa com a existência dele no trabalho, logo, o Caligo se transforma nele para poder perambular por lá quando precisa, principalmente quando o original não está por lá. Emnen é baixo, tem um tom de pele avermelhado e o cabelo preto e escorrido na frente do rosto numa longa franja, bem incomum para goblins. O seu contato no local é um amigo de infância e sabe quando o Caligo está no lugar dele, ou até avisa para o Caligo quando é seguro para que ele possa perambular por ali.
Como Adquiriu essa Face?: Quando criança, Caligo fez muitos amigos dentre aqueles que moravam na rua em Zammunem e viu muitos destinos diferentes para elas, algumas se perderam em caminhos sombrios de assassinatos e outros crimes cometidos por dinheiro, algumas, principalmente as mais bonitas e vistosas, tiveram a sorte de serem adotadas por famílias que não conseguiam ter filhos, outras saíram da cidade em busca de uma vida melhor e nunca mais voltaram. Dentre essas, um amigo muito especial chamado Deinos, um humano de cabelos negros e pele pálida, foi o único que Caligo tinha o conhecimento que se dera melhor na vida. Melhor não é exatamente a palavra, afinal de contas ele não era rico ou coisa do tipo, ele apenas tinha uma vida um pouco mais estável com uma casa perto de Altimar, onde também trabalhava como guarda, e comida na mesa. Numa de suas passagens por Altimar, Caligo acabou encontrando o amigo numa venda quando foi comprar suprimentos e depois de alegres felicitações, ele foi convidado para passar alguns dias na casa de Deinos. Caligo compartilhou com ele suas recentes histórias e como pretendia se filiar à Guilda para tentar dar um sentido maior à vida bem como também usar a oportunidade que teria de viajar mais para tentar encontrar seu pai. Deinos já sabia de todo o passado de Caligo, já que se conheciam desde criança, então, resolveu ajudar na busca do amigo. Ele contou sobre como geralmente recebia informações muito interessantes vindas dos exilados que eram jogados em Altimar e disse que Caligo poderia contar com elas sempre que precisasse, bastava se disfarçar de Emnen, um goblin que todos ignoravam a existência e que também trabalhava junto com ele, e ir visitá-lo durante suas patrulhas.

--[ Fortaleza de Ferro - Desfiladeiro do Dragão ]--

Nome: Caligo
Raça: Duplicante
Característica: Em desfiladeiro do Dragão, Caligo é ele mesmo.
Como Adquiriu essa Face?: -

--[ Cidade Cinzas - Terras Cinzentas ]--

Nome: Serena
Raça: Humana (feminina)
Característica: Uma mulher jovem, próxima aos seus 30 anos, bonita e que chama bastante atenção de todos por onde passa, com sua pele dos tons do por do sol e os cabelos castanhos compridos e que caem até quase o quadril, geralmente soltos e esvoaçantes.
Como Adquiriu essa Face?: Caligo nunca conheceu a menina de fato e não tem muito contexto de quem ela é ou do seu passado, porque quem mostrou a face dela para ele foi outro duplicante que também é seu contato na cidade. Por ter cara de uma moça boazinha e que nunca se meteria em problemas, ela consegue lidar com pessoas mais suspeitas e fazer parecer que estava apenas ajudando com alguma informação ou sendo galanteada, por exemplo. Ninguém desconfiava dela também porque muitas vezes estava acompanhada de um rapaz que parecia ser seu namorado (na verdade era o informante de Caligo), de olhos azuis profundos, um tom de pele que se assemelhava ao dela e uma beleza tão estonteante quanto a da garota. Eles pareciam perfeitos juntos.

--[ Vindora - Vale dos Ventos ]--

Nome: Sr. Frey
Raça: Humano Variante (masculino)
Característica: Um velhinho que parece ser bondoso e inofensivo. Tem um bigode grisalho e usa uma boina, além de ter uma cicatriz que vai da base do olho até o final do queixo. Sempre gosta de inventar histórias diferentes sobre como conseguiu a cicatriz.
Como Adquiriu essa Face?: Sr. Frey era um velhinho que costumava ajudar as crianças de rua de Zammunem, incluindo o próprio Caligo, a quem ele viu ser brutalmente assassinado por puro capricho de alguns moradores perversos que não concordavam em “sustentar bastardos de rua”. Caligo perseguiu cada um desses “cidadãos de bem” e cravou sua adaga no peito deles depois disso. Após esse fato ele decidiu sair da cidade para continuar sua busca pelo pai e pela mãe e também se juntar à Guilda, já que sua estadia lá ficara insustentável.

CONTATOS DO CALIGO

--[ Aurorium - Picos Dourados ]--

Nome: Boina
Raça: Tiefling (masculino)
Característica: Uma criança Tiefling que vive na rua e consegue observar muitas coisas nela. Além disso, por ser Tiefling, muitos desdenham de sua presença e não percebem que ele está com os ouvidos atentos a tudo que está sendo dito e olhos fixos em tudo que se passa até nos becos mais profundos de Aurorium..
Background: Numa de suas passagens por Aurorium, lugar preferido de Caligo para bater carteiras e se passar por nobre para aplicar pequenos golpes (antes de entrar na Guilda, claro), ele se deparou com um grupo de crianças de rua que o lembrava muito de sua infância. Sabendo que crianças de rua podem ser os canarinhos que sabem de tudo, já que ele mesmo já tinha sido uma, ele decidiu matar dois coelhos numa estilingada: assumiria a face de Sr. Frey para continuar com seu trabalho de ajudar os mais necessitados e também poderia contar com as informações coletadas por eles. Sendo assim, se transformou no senhorzinho e se aproximou do grupo. Em pouco tempo já estava amigo do líder deles, conhecido por Boina por usar uma grande boina azulada para camuflar seus chifres de Tiefling. Desde lá, ele vem reunindo informações para Caligo e também sendo muito grato por toda ajuda que ele traz.

--[ Subliga / Abissala - Cavernas Profundas]--

Nome: Tula
Raça: Anão (feminina)
Característica: Uma anã com os cabelos em tom de bronze que ficam parcialmente amarrados em um coque com o restante caindo até pouco mais da altura dos ombros. Ela tem uma estatura um tanto quanto alta para a maior parte dos anões e trabalha de garçonete na taberna de Luana, uma anã bem sucedida nos negócios de Abissalia.
Background: Caligo, enquanto passava por Abissala, achou curioso como os anões interagiam com um anão específico com um olho de aço porque todos pareciam muito confortáveis com ele. Por alguns dias, ele observou aquele anão naquela taberna e notou sua relação com a garçonete. Intrigado por tudo aquilo, resolveu, por puro instinto, seguí-lo num desses dias e acabou indo até sua casa, que ficava bem afastada da própria casa. Lá ele viu uma cena terrível enquanto estava escondido por entre as pedras ali próximas. Sua casa tinha sido saqueada por bandidos estrangeiros e a anã que Caligo julgou ser sua esposa fora assassinada. O ponto principal, no entanto, é que os ladrões ainda não tinham ido embora quando ele chegou e, num surto de ódio ao ver tudo aquilo, Tino avançou contra eles e acabou tendo o mesmo fim de sua esposa. Depois de tudo isso e que os ladrões já tinham ido embora, Caligo vasculhou a casa e achou vários documentos que o possibilitaram saber mais sobre a família e quem era aquele anão. Depois disso, por mais cruel que fosse e que Caligo não gostasse, ele passou a usar a face do anão, mas com um tapa olho no lugar do de metal, e ter a garçonete como sua informante. Tudo para encontrar seu pai. Atualmente, Caligo se disfarça cuidadosamente de Tino depois de observar um pouco para ver se ninguém se deu conta de sua morte e conversa com Tula para conseguir qualquer informação importante que seja possível. E bem, Tula gosta bastante de conversar…

--[ Altimar - Colinas de Prata ]--

Nome: Deinos

Raça: Humano

Característica: Deinos, carcereiro, amigo de infância do caligo

Background: Quando criança, Caligo fez muitos amigos dentre aqueles que moravam na rua em Zammunem e viu muitos destinos diferentes para elas, algumas se perderam em caminhos sombrios de assassinatos e outros crimes cometidos por dinheiro, algumas, principalmente as mais bonitas e vistosas, tiveram a sorte de serem adotadas por famílias que não conseguiam ter filhos, outras saíram da cidade em busca de uma vida melhor e nunca mais voltaram. Dentre essas, um amigo muito especial chamado Deinos, um humano de cabelos negros e pele pálida, foi o único que Caligo tinha o conhecimento que se dera melhor na vida. Melhor não é exatamente a palavra, afinal de contas ele não era rico ou coisa do tipo, ele apenas tinha uma vida um pouco mais estável com uma casa perto de Altimar, onde também trabalhava como guarda, e comida na mesa. Numa de suas passagens por Altimar, Caligo acabou encontrando o amigo numa venda quando foi comprar suprimentos e depois de alegres felicitações, ele foi convidado para passar alguns dias na casa de Deinos. Caligo compartilhou com ele suas recentes histórias e como pretendia se filiar à Guilda para tentar dar um sentido maior à vida bem como também usar a oportunidade que teria de viajar mais para tentar encontrar seu pai. Deinos já sabia de todo o passado de Caligo, já que se conheciam desde criança, então, resolveu ajudar na busca do amigo. Ele contou sobre como geralmente recebia informações muito interessantes vindas dos exilados que eram jogados em Altimar e disse que Caligo poderia contar com elas sempre que precisasse, bastava se disfarçar de Emnen, um Tiefling que todos ignoravam a existência e que também trabalhava junto com ele, e ir visitá-lo durante suas patrulhas.

--[ Fortaleza de Ferro - Desfiladeiro do Dragão ]--

Nome: Smalder
Raça: Draconato Prata
Característica: Um draconato prata que adora aplicar golpes nas pessoas e sempre está se metendo em confusões. Tem muita lábia, principalmente para convencer estrangeiros dos seus mais variados produtos milagrosos e que, na realidade, nunca funcionam.
Background: Na viagem de Caligo de Zammunem até Aurorium para se aliar a Guilda, ele viveu uma história muito interessante em Fortaleza de Ferro. Ele havia parado na cidade para conhecer o lugar e ver se conseguia alguma informação útil na busca pelo seu pai e sua mãe. Acabou que não encontrou nada demais sobre isso, no entanto, quando estava na estação esperando o trem para prosseguir viagem, escutou uma comoção vindo perto de uma das plataformas. Ele se aproximou e começou a escutar uma discussão em que dois draconatos que pareciam ter algum poder na cidade, cidadãos mais abastados, brigavam com um draconato prata dizendo que as pedras preciosas que ele vendera para eles com a promessa de que traria mulheres em no máximo três dias não haviam funcionado e não passavam de cristais comuns e com quase nenhum valor. Pelo visto, os dois draconatos pensavam em moer o “comerciante” de tanto apanhar. Por algum motivo, talvez porque Caligo mesmo já havia aplicado golpes parecidos no passado para se sustentar, ele ficou com pena e decidiu interferir na briga. Ele correu para um lugar da plataforma bem escondido por paredes e sem muito movimento e tomou a aparência de uma draconata dourada que havia visto mais cedo no dia e que lhe chamara muita atenção, por isso havia guardado sua feição. Caligo então correu para o meio da confusão e num tom bem insolente gritou:

- Você está se metendo em confusão de novo? Quer dizer que arrumou uma bela esposa apenas para chateá-la com problema atrás de problema? Quem dera você nunca tivesse me dado aquele cristal como prova do seu amor e eu tivesse caído… Pelos céus! Agora vamos voltar logo para casa que minha mâe está te esperando para massagear os calos dela desde oito horas da manhã!

Puxando o draconato pelo braço, ele começou a afastá-los da confusão. Sendo arrastado, o homem disse:

- É assim que funciona! Eu esqueci de dizer, vocês precisam presentar o cristal para funcionar! Foi um prazer fazer negócio com vocês!

Depois disso e já num lugar escondido, Caligo se revelou para o draconato que estava extremamente grato pela ajuda. Ambos se tornaram amigos desde então e Smalder agora ajuda Caligo com qualquer informação importante que ele adquire.

--[ Cidade Cinzas - Terras Cinzentas ]--

Nome: Aquele
Raça: Duplicante
Característica: Mercador da cidade, vende drogas no submundo mas posa de mercador comum de tapeçaria em uma das suas muitas faces, pelo menos é a que o Caligo conhece melhor.
Background: Enquanto continuava sua viagem até Aurorium, Caligo fez uma parada em Cidade Cinzas com os mesmos objetivos de antes: dar uma olhada e ver se achava alguma pista de seu pai. Com as obras de reconstrução e os muitos estrangeiros chegando, talvez houvesse alguma informação interessante por ali. Enquanto andava pelas ruas da cidade, pouco depois de descer do trem, Caligo percebeu que alguém, ou algo, o seguia espreitando pelas paredes das construções. Incomodado com a situação, ele virou em uma esquina bruscamente, mas ao invés de seguir seu caminho, se escondeu na parede de uma construção de dois andares que parecia estar sendo reformada e esperou pelo seu perseguidor. A espera não durou mais do que alguns segundos. Caligo sentiu que a criatura estava virando a esquina e, puxando sua adaga foi ao seu encontro, entretanto, ela foi mais rápida e parou Caligo no meio do caminho também com sua adaga em mão, só que, ao contrário de Caligo que ainda a segurava próxima do seu peito, a do seu perseguidor já fazia pressão em sua garganta. Se tratava de um homem que parecia ter meia idade, barba por fazer já longa e cabelos castanhos, algumas rugas e marcas deixadas pelo tempo e por uma vida que parecia ter sido um tanto sofrida. Caligo, estático, olhou para seu rosto e viu um sorriso malicioso aparecer. Com esse mesmo sorriso, o homem disse:

- Então você é o outro duplicante que tem viajado por aí e feito perguntas sobre nobres? Você foi muito lerdo em puxar a adaga, me sinto um pouco decepcionado…

Caligo, confuso e ainda sentindo a pressão do metal em sua garganta prestes a cortá-la, caso qualquer outro movimento adicional fosse feito, conseguiu apenas abrir a boca e balbuciar perguntas sem tanta ligação:

Outro duplicante? Nobres? Viagens? Como tem tantas informações? Quem é você?
Hmn… Achei que a essa altura você já estaria mais informado… De qualquer forma, pode me chamar de “Aquele”, é assim que muitos me conhecem por aqui e não acho que meu nome seria importante para você no momento. Quanto a questão de replicantes, você acha mesmo que é o único duplicante por aí que tenta fazer aliados e conseguir informações? Me poupe, você começou a engatinhar, criança, eu já estou correndo…
Quer dizer que você também é duplicante?

Sem responder, o homem rapidamente tomou a forma de uma garota bonita, mas ainda manteve a adaga no pescoço de Caligo e o mesmo sorriso malicioso no rosto.

Isso responde?
Parte, mas o que você quer comigo? Porque está me seguindo? Te devo alguma coisa? Se sim, acho melhor você entrar na fila…
Você não me deve nada criança, mas talvez possa me dever… Eu tenho olhos e ouvidos por toda essa terra e me interessei pelos seus passos, pelas suas perguntas. Não é sempre que outro duplicante aparece e me chama a atenção assim, então, decidi te ajudar, por um preço, claro…
Me ajudar? Qual preço?
Você pode contar com as minhas informações sempre que quiser, basta passar por essa cidade e procurar por um vendedor de tapeçarias que fica perto da estação com a aparência que te mostrei antes. Caso alguma informação lhe seja útil para concluir sua missão, daí nós conversamos sobre preços…

Depois disso, “Aquele” explicou como Caligo deveria assumir a forma da garota na qual ele estava transformado e usar o nome Serena para lhe encontrar quando viesse a cidade, mas mais que isso, Caligo não sabe de muito e nem mesmo sabe se pode confiar noutro duplicante que parece ser extremamente perigoso e que ele nem conhece a verdadeira forma ou nome, mas, se as informações forem úteis, ele está disposto a aceitar a troca.

--[ Vindora - Vale dos Ventos ]--

Nome: Grupo de crianças
Raça: Várias raças
Característica: Grupo de crianças pobres que moram perto da estação. Não são crianças de rua, mas não tem tantas condições.
Background: Quando visitava Vindora, Caligo decidiu recorrer a um grupo de crianças que ele viu zanzando perto da estação para recolher informações, afinal de contas, sendo a central de onde os trens partem, provavelmente haveria muita coisa a saber ali. Para tal fim, ele tomou a forma de Sr. Frey novamente e com doces, acabou “comprando” a amizade das crianças que são bem fofoqueiras e sempre contam tudo que eles viram.

Geração de NPCs