Comemoração do Harmonia das Brumas

20/10/255

A Praça Central de Picoáureo se iluminou com magia e esperança neste dia da Harmonia das Brumas, data que celebra a união histórica. Em uma cerimônia carregada de simbolismo e tradição, os duques marcaram presença diante de uma multidão reunida, trazendo palavras de reconciliação e de um futuro promissor.

O destaque da manhã ficou por conta do discurso do Duque Aldenar Lairelosse Naiwalya.

Dirigindo-se principalmente aos elfos de sua região — especialmente os mais jovens, notoriamente inquietos diante das alianças com os humanos —, Aldenar compartilhou palavras serenas e atemporais:

“Filhos das folhas e do silêncio, escutem: nosso tempo não se mede em colheitas, mas em eras. O que para alguns parece eterno, para nós é um sussurro entre estações. O tempo é aliado das feridas, e a cura só se nega àqueles que insistem em cutucar o que deveria cicatrizar. Não apagamos o fogo soprado por mágoas — ao contrário, alimentamo-lo com desconfiança. Que hoje, então, se apaguem os ventos da discórdia. Aos humanos, estendo minha palavra: o respeito nasce do tempo, mas floresce no cuidado. Somos diferentes, mas não inimigos. E nesta aurora, declaro — somos irmãos.”

A cerimônia seguiu com uma apresentação mágica encantadora que narrou, com ilusões luminosas, os momentos da antiga reconciliação entre os povos da Floresta e os do Reino. Contudo, mesmo com o brilho da celebração, tensões borbulhavam sob a superfície.

Durante todo o Harmonia das Brumas, protestos silenciosos — e por vezes barulhentos — foram vistos por diversas ruas próximas à Praça Central. Jovens elfos e humanos, em sua maioria, expressavam descontentamentos variados.

No Templo de Selûne, local tradicional de orações durante a festividade, confusões eclodiram no final da tarde. A Guarda Real confirmou que houve incidentes envolvendo provocações e objetos arremessados. Os envolvidos estão sendo investigados, e o templo foi temporariamente fechado para reparos e rituais de purificação.

Durante o desfile oficial, quando os duques cruzavam a via principal em carruagens abertas, um indivíduo tentou se aproximar com intenções hostis. Um dos guardas da comitiva reagiu rapidamente e conteve o agressor antes que qualquer dano fosse causado.

Em nota oficial, a Guarda Real agradeceu a atuação da Guilda dos Roca, que vinha monitorando atividades extremistas. Graças às informações obtidas pela guilda, o ataque foi antecipadamente identificado como uma possibilidade e amplas medidas de segurança foram adotadas.

O clima permanece tenso em algumas regiões do ducado. As lideranças reafirmaram o compromisso com o diálogo e a segurança de todos os povos, deixando claro que a chama da união deve ser preservada — mesmo diante dos ventos contrários.