Rei Sobrevive a Tentativa de Assassinato em Aurorium
- Torzayen Zaunnon

- 15 de ago.
- 2 min de leitura

12/06/256
O frio cortante da tarde em Aurorium não impediu que centenas de cidadãos se reunissem para a passeata real. O rei Darian Auren, montado em seu imponente corcel branco, acenava para a população quando a tranquilidade se rompeu em aço e sangue.
Cinco humanoides de raças variadas, autodenominados "Agentes da Purificação", irromperam contra a comitiva real, brandindo armas e proclamando que o reino havia sido conspurcado por acordos com demônios. Segundo gritavam durante o ataque, a presença do Reino do Príncipe do Prazer nas relações políticas seria a prova de que o rei teria feito um pacto obscuro — algo que, segundo eles, precisava ser “purgado pela lâmina”.
O monarca, protegido por apenas quatro seguranças, saiu ileso do atentado. Fontes oficiais confirmam que os cinco atacantes lutaram até a morte, recusando-se a se render mesmo diante da clara derrota. A cena, segundo alguns civis que testemunharam, foi “traumática e de uma brutalidade difícil de esquecer”.
Um detalhe inquietante surgiu durante a apuração: entre os guardas que defenderam o rei, estava um homem conhecido no passado como Maníaco Sorridente, figura macabra cujas façanhas sombrias ainda ecoam nas tavernas mais antigas. Apesar de sua fama, hoje ele veste as cores da guarda real, e seu papel na contenção dos agressores foi decisivo.
Enquanto colhia informações em uma taverna próxima à Praça do Mármore, o informante da gazeta recebeu uma carta anônima. Nela, alguém afirmava falar em nome dos Agentes da Purificação, prometendo agir como vigilantes contra qualquer tipo de mal — demoníaco ou não. O texto encerrava com uma frase gélida: “Não importa quem seja, nós estaremos lá para purgar.”
Em nota oficial, o Palácio de Aurorium declarou que a nova ameaça será investigada com rigor. “O reino não tolerará ações terroristas”, diz o comunicado.
Para compreender o pano de fundo desse atentado, a Gazeta Áurea conduziu uma pesquisa entre os habitantes da capital. O resultado mostra uma clara divisão: parte da população repudia o recente acordo com Laspedras, vendo nele corrupção e perigo; outra parcela o considera irrelevante para suas vidas; e um grupo significativo acredita que o tratado é uma medida estratégica necessária para evitar uma guerra iminente.
A tensão cresce nas ruas de Aurorium. E enquanto as espadas descansam nas bainhas — por ora — paira no ar a certeza de que os Agentes da Purificação voltarão a agir.




- Lamentável e descabido!
Selëna, conjectura enquanto segura o Jornal com uma mão e leva uma xicara de chá para a boca com a outra.
Ao fundo a estrada em construção passa por entre as arvores da floresta, e os trabalhadores fazem uma pausa de almoço.